Thursday, January 27, 2011

Os Gays de Alegre

parece que a falta de ideias invadiu o meu quotidiano. apesar de ter em mente muitos assuntos sobre os quais podia divagar por aqui, nenhum deles me preenche as pontas dos dedos com palavras que sinta que devo partilhar. diariamente leio textos sobre os quais podia falar e escrever, longas dissertações onde espelhava a minha opinião.
ainda há pouco, lendo "os gays de Manuel Alegre" de Henrique Raposo pensei em falar sobre o assunto. muito podia dizer, mesmo não sendo um tema que goste de discutir, pois, tal como muitos outros temas por vezes polémicos, é preciso ter a pessoa certa à frente dos nossos olhos, para evitar gastar a mente a cuidar das palavras que se vão dizendo.
pensei também falar do meu pessimismo inato, de como não pareço ser pelo que digo a quem me ouve, mas sou pelo que digo à minha pessoa quando ninguém me ouve. pelos planos que fiz, desilusões que tive e também pelos sonhos que um dia pensei realizar. contínuo a acreditar em finais felizes mas a esperança já é muito pouca. mas de uma coisa tenho a certeza, não é por me esconder num canto, só e fechado no meu bunker, que vou ser menos infeliz. a solidão é a maior das infelicidades mas nem sempre nos apercebemos de tal facto.
vagueou pelas minhas ideias a hipótese de falar de muitos outros assuntos, uns sem nexo, outros com bastante sentido, mas para escrever como gosto, com sentido, preciso de sentir o que escrevo e com a anestesia que tenho não sinto nada.

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