Tuesday, February 22, 2011

Because people don't like it

"Posso parar dois minutos e ler um texto do Miguel Esteves Cardoso e ter saudades de quando escrevia no Independente?"
posso fazer o que quiser? no. but why? because people don't like it!
e então? é melhor correr mundo encharcado em hipocrisia, mentindo mentira atrás de mentira apenas para que todos me encarem de sorriso completo. não, mas porquê? porque eu não gosto.
é triste saber que há pessoas que não têm a capacidade de escolher o que gostam because people don't like it. é algo que se nota frequentemente, no dia a dia do utilizador mais atento da vida em formato pessoal social. já no formato século XXI onde temos uma máquina à nossa frente, esse facto torna-se ainda mais notável e fácil de encontrar. como exemplo, basta olhar para convocatórias de manifestações preenchidas por pseudo manifestantes, que em caso algum vão sair da sua zona de conforto para passear de bandeira na mão a reinvidicar aquilo a que chamam direitos ou aquilo a que o manifestante do lado pensa merecer. mas se ele acha que merece então eu também mereço e na loucura da ilegitimidade junto-me à causa.
passamos metade da nossa vida a falar com algo que não tem sentidos nem sentimentos, talvez seja por isso que cada vez somos mais frios, insensíveis e mecanicamente incorrectos. mas se tantas pessoas gostam é porque deve ser bom, but i don't like it.
sabe bem ter uma conversa, sabe bem ler um jornal tocando no papel, sabe bem fazer coisas como antigamente.

Tuesday, February 08, 2011

Five minutes of everything

às vezes preencho puzzles com nomes de músicas, o resultado é mais ou menos este...



Um amor "quase perfeito", não há "mais que um amor no mundo", onde não se espera a "esperada despedida" e os passos são dados em frente "sem marcha atrás". todos actos são "sombras de desejo" numa paz de lembrar a "pomba branca". mas depressa o "lado a lado" passa a "dois lados do mesmo adeus", percebemos que "agora já é tarde" ainda que estejas "aqui tão perto" no "canto no meu canto", porque "nós nunca somos iguais" e o amor não envelhece como o "vinho do porto", por isso jamais eu vou "amar como te amei".



often "young americans" have "an occasional dream", a "space oddity"? find "life on Mars" or a bit of "ziggy stardust", maybe be the "starman" or "the man who sold the world" during the "golden years". "the jean genie" had "sound and vision" to achieve "fame". "oh! you pretty things" "let's dance"! "it ain't easy" to be "fashion" while using "diamond dogs" from "station to station". be a "star" "under pressure", "be my wife".



"once" i feel "black" minded, an "animal" in a "garden" "deep" down in the "oceans". but then i said: "do the evolution", you should feel "alive", "go" to the surface, you could "even flow". but "why go"? because i know "who you are", i want to make you "smile", "release" you from your pain. Make a "wishlist" "amongst the waves" because it's "nothing as it seems". "sometimes" "life is wasted", therefor while "whipping" time at the "speed of sound", feeling "light years" away, wishing for a moment to "just breathe", a way to "come back" to that "state of love and trust". there's one "last exit, i see "low light" far away, i feel the "thin air", i know there's "no way" to get "immortality" but can't keep "in hiding", so i'm going to "save you" my "daughter".
in "the end" i want to be a "better man" and have one "last kiss".



i'm so "happy i could die", my "bad romance" is over, i'm no "monster" neither i've "poker face". i may be "beautiful, dirty, rich" but i don't want "the fame". you don't have "brown eyes" neither i'm your "summerboy", i just want to "dance in the dark" in the "disco heaven", cause yeah, "i like it rough", "retro, dance, freak" but please, don't call me "alejandro", please "just dance" until you leave me "speechless". this is our "lovegame".


"are you near?" "wake up" and tell me "the difference between us". "Ok do you want something simple? algo "fácil de entender"? yes, "an answer", the "pure" "truth". "you know", it's a "question of love"! things "changes" and i'm going to be "nice and sweet" but i won't let you "dream with someone else's dream". this is "how the end… always end"



"Hello baby", "come over" here, "i know you". You have a "pretty face", "let's take a trip together".
i'll take you to the "moons of jupiter" this "night".
no, that's "all wrong", "it's not like that anymore", i feel like an "empty box".
really, "i'd catch you" at "eleven o'clock".. "Claire"?
no, my name is "Lilah". just "put it down" and "have a lucky day".
then "take me with you", "you speak my language", "you look like rain" and you could be my "cure for pain".



"wish i" "can fly high" and get "on the top of the world" where you "stay now" or i could take "just a ride" maybe "keep on walking". "it's amazing" how "i'm falling for you". i beg you to "save me" cause i'm going "crazy" by "missing you". i'm now "finally woken" going "down to earth" but still "i want you to" "come on closer".

Tuesday, February 01, 2011

Dois ouvidos e uma boca

existem ditados, muitos que me lembro, alguns que sei e outros que vou aprendendo. hoje lembrei-me de dois que têm semelhantes significados.
"deram-nos dois ouvidos e uma boca para ouvirmos o dobro do que falamos."
"as vezes é melhor ficar calado e deixar que os outros pensem que você é parvo do que abrir a boca e não deixar nenhuma dúvida."
mais uma vez, é simples falar sobre o assunto, não é complicado argumentar quando se vê o filme sem fazer parte do elenco que o torna possível. quando assim é, quando o mundo é nosso e não vemos o que fazemos com olhos de deus, torna-se por vezes difícil permanecer à margem, manter uma tendência isenta de influências, escolher a decisão correcta aos olhos do realizador.
esse filme que não tem remakes, segundas versões ou qualquer tipo de replay chama-se vida. esse conjunto de "desenhos onde a borracha não existe" para emendar erros que possam ter existido, onde o lápis é uma caneta de tinta permanente, é para ser vivido no presente e não apenas para ser passado no passado.
é difícil ser perfeito quando nos dão dois ouvidos e uma boca para ouvirmos o dobro do que falamos, duas mãos com que podemos escrever, dez dedos com que podemos tocar com a precisão de uma máquina as letras que agora estou a usar e apenas dois olhos para receber isso. em vez de duplicar, a troca de informação quintuplica.