Monday, December 27, 2010

José e Pilar v2

"José & Pilar" mostra que além de possível, nunca é tarde para fugir da maior prisão da humanidade... o medo de mudar.
seria uma tarde como outra qualquer, um fim de semana ao acaso no dezembro deste ano, frio como em tempos que lembram o século passado. já os hábitos e as decisões não, nada têm a ver com esses anos longínquos de mil novecentos e tantos. sair de casa sozinho ao final da tarde para fazer alguns muitos quilometros para ver pessoas, para jantar e ver um filme, ou ver um filme e jantar.
parece que vivo em alguma aldeia perdida no interior esquecido e ostracizado, que segundo li está relacionado com ostras... avé ignorância, e preciso de percorrer um longo caminho para chegar à metropole em busca de civilização, sair da selva verde para chegar à selva cinzenta. não é de todo verdade, as casas iluminadas, com luzes de todas as cores, lojas e toda uma panóplia de vidros recheados de apelos ao consumismo estão todas cá bem perto. no entanto, as pessoas não. terei que um dia passar de alguns quilometros de carro para uma viagem de avião até uma capital europeia, uma corrida ao final de uma tarde de sábado com regresso ao início da semana apenas para ver caras diferentes, numa busca incessante por algo novo, velho mas que pelo menos satisfaça a minha fome de conversa. soa a louco, parece que já não se fazem loucuras como antigamente, em que pessoas largavam tudo em busca do incerto, algo menos condenado que a vida a que pensavam destinados nas terras da bela lusitania. largar o seu país levando a saudade bem portuguesa para um dia mais tarde voltarem. certo é que muitos deles não mais voltaram, mudaram para melhor e por lá, por terras novas, ficaram. venceram o medo de mudar, esse medo que atormenta meia humanidade, que não deixa avançar e que prende com fortes amarras sorrisos fáceis. José deu uma enorme lição a muitos, além de mostrar que nunca é tarde para mudar, mostrou também que "tudo pode ser contado doutra maneira".

Saturday, December 25, 2010

Grãos de areia

já em tempos passados falei deste tema ou de um muito semelhante. agora volto à casa de partida, não com o intuito de repetir mas de adicionar mais alguns grãos de areia a esta praia. chego à conclusão que as pessoas têm o que merecem. ao olhar para o seu percurso, e mesmo olhando para as pegadas que fui deixando para trás das costas, vejo que muitas das coisas que vivi foram proporcionadas por atitudes minhas, boas e más. as boas, criadas no meio de surpresas e loucuras, aventuras que nos fazem sorrir, momentos que criam uma lagrima ou duas como forma de deixar a felicidade sair. as más, problemas pequenos e grandes, pequenos berlindes que crescem e ficam bolas de neve. por vezes é difícil encontrar a origem da bola de neve, e nem todos conseguem fazê-lo, mas quando olhamos para aquilo que pensamos ser um grande problema, algo irremediável, estamos na verdade a olhar para um pequeníssimo defeito com uma idade centenária, que cresceu e cresceu, tornou-se forte e incontrolável. merecemos isso? nem todos têm a capacidade de antecipar o acontecimento, a maioria não tem. eu próprio não tive, por isso olhei para a enorme bola, tirei as minhas conclusões e segui o meu caminho. agora sei que se o pequeno problema surgir terá de ser resolvido, mas também tenho noção que aquela bola não era resoluvel, não por ser muito trabalhoso, mas porque o seu percurso seria sempre crescente. por vezes é melhor descer um degrau, mudar de escada e começar a subir novamente, em vez de seguir essa mesma escada, podre e partida, pois mais tarde o peso da bola de neve vai parti-la e o chão que as rodeia magoa. não se apagam bolas de neve pois a vida desenha-se sem borracha.

Wednesday, December 15, 2010

Pensar... pensar...

nem sempre pensei assim, mas dia após dia noto que muitas pessoas fazem juízos de valor de alguém sem nunca terem partilhado ideias com essa pessoa. é errado? arrisco dizer que sim, por muito bons avaliadores que possam ser, algumas coisas irão sempre escapar, pequenos pormenores, detalhes escondidos. nem a nossa alma gémea, para os que a conseguiram encontrar ou acham que encontraram, é pura e transparente aos nossos olhos, o que dizer de pessoas que por vezes são o oposto da nossa existência. aprendi que é bom ser imparcial e tolerante, gosto de lembrar os momentos em que me falaram sobre isso, a paciência que tive para ouvir quem me falou e dou por bem empregue esse tempo. não uso paciência com sentido prejurativo, apenas como generalização porque muitos não estariam dispostos a despender esse tempo, a aprender algo próximo do filosofico. pensar dá trabalho e é chato, muitos dizem, é mais fácil não aprender. posso mesmo dizer que foram bons momentos da minha vida aqueles que passei na tua companhia e que espero continuar a passar quando o clima ficar mais ameno. quero que todo esse tempo que as nossas ideias passearam em cima de uma mesa de café se possa repetir. não penso desistir de mostrar que não sou tão mau como me pintam, nem tão bom quanto me desenham, apenas mostro o que sou, quem gostar gosta, quem não gostar que me diga pois é aquilo que eu faço para o bem e para o mal.

Monday, December 06, 2010

"Conhecer toda a gente, amar alguns e fazer e desejar mal a nenhum"

há coisas que nos fazem pensar. como em muitos dos textos que aqui escrevi, este assunto surgiu de mais uma influência externa que despertou em mim, um misto de tristeza e de alegria, um querer ser diferente de todos como uma pessoa no meio da multidão mas humano e falível como essa multidão é. olho para trás e vejo a minha vida, consigo imaginar, recordar, viver cada momento como se fosse a primeira vez, como se estivesse a ler o prólogo de um livro que ainda não vai a meio, em que o final é uma incognita. desse livro guardo boas e más recordações, as boas porque me fizeram sorrir, as más porque agora as vejo como lições, como ensinamentos que me tornaram a pessoa que sou hoje. é por isso que fico feliz por olhar para o meu passado e ver que não há lugar a trocas, remendos ou alterações, trocar o infeliz momentaneo por um sorriso é menos uma lição que se aprende. não quero com isto dizer que é melhor viver só maus momentos, apenas que, é bom viver ambos para sabermos dar valor ao que temos. é bom ter discernimento para compreender as pessoas que nos rodeiam, mas não esperar que elas nos compreendam. não vale a pena pensar que por tratarmos bem os outros seremos levados a ombros, longe disso. por vezes, quem pensamos que melhor nos conhece é quem pior nos tratará num futuro próximo. incompreensível? talvez, mas como errar é humano, e neste caso o erro pode estar em ambos os lados. como disse alguém que muitos gostam de citar: "conhecer toda a gente, amar alguns e fazer e desejar mal a nenhum". tenho feito tudo isso e espero continuar a fazer, nos momentos em que falhei aprendi a lição e espero não voltar a repetir o erro, apesar de ser humano.

Tuesday, November 30, 2010

Legado futuro

hoje li um texto que me fez pensar, olhar à minha volta, observar e analisar tudo e todos, ver defeitos e virtudes, vícios absorvidos de uma sociedade que impinge tudo, seja bom seja mau. O texto de José Luís Peixoto disponível aqui transmite uma ideia que, felizmente para mim, uma pessoa que sorri sempre me segredou no meio de muitas e muitas horas de conversa. É a ideia que também faço passar, por gostar do seu modo de encarar a vida e por ter chegado à conclusão, não que seja fácil passar da teoria à prática, mas porque a vida assim o quis, que sorrir e fazer sorrir é o melhor remédio. Claramente ele tem todo o mérito por se ter lembrado de escrever sobre o assunto, mostrar em algumas palavras que aquilo que os nossos sentidos apanham no ar à nossa volta, é aquilo que mais tarde damos a quem nos rodeia. Ela também tem todo o mérito por me mostrar que há coisas que não merecem as nossas preocupações, que os problemas podem ser minúsculos se a nossa mente assim o quiser. Mas seja "em graus celsius, como em graus fahrenheit, existe um só frio." Um pouco contra senso, talvez um problema seja sempre um problema com dimensão variável, uma ideia com fome de atenção que teima em não depender só de nós para ser resolvida.
nestes meses fui apologista de sair de casa, pois ficar fechado num canto não resolve nada, nem que exista uma enorme janela para deixar a luz entrar, o sol da primavera ao verão, "a luz do outono que parece condenado por ter nascido irmão do inverno," mesmo essa luz faz brilhar os nossos olhos, dá-nos motivos para sorrir. e se não sorrirmos? deixaremos o legado triste até ao fim dos tempos. não é isso que quero, e certamente não sou o único a pensar assim.

Sunday, November 28, 2010

Sorrir sem planos

Hoje quando acordei ouvi passaros à minha janela a cantarolar, não sei o que diziam. Pareciam alegres, despreocupados. Pensam que é primavera, ignoram o frio que se avizinha. Vivem livres de sentimentos, paixões e sofrimento, são felizes sem amar pois os seus únicos dons são cantar e voar. Tenho sorte em acordar assim... Mas fico triste por não saber cantar nem voar para junto de ti.

Wednesday, November 24, 2010

Frases soltas

Não são poucas as vezes que penso nessas pequenas frases soltas que encontramos no nosso caminho, muitas delas sem morada, à espera de um par ou dois que a elas se juntem para formar algo visível, algo transcendente aos olhos de quem não tropeça na sua insignificancia. Coisas simples sem significado que podem valer uma vida, coisas belas sem dono que pecam por não ter sorrido. Porque em todos os momentos loucos das nossas vidas, é bom saber que a felicidade veio sempre em primeiro lugar, porque se assim não for, em vez de viver a vida vivemos algo sem valor. Seja em viagens ao desconhecido, procurando caminhos infinitos em que o fim está tão próximo, tão perto dos nossos olhos que a razão não nos deixa enxergar. Quando temos um mundo tão belo à mercê dos nossos olhos torna-se complicado ver o nosso, tão puro e virtuoso, sem problemas e sem defeitos, talvez porque nesse mundo os nossos problemas não passem de gotas de água num mar sem fim. Não digo nunca, nem digo sempre, mas sei que um dia vou perder estas amarras, um dia conseguirei mudar, e quando esse dia chegar, ao teu lado espero estar.

Monday, November 22, 2010

Vejo-te de olhos fechados

Vejo-te de olhos fechados, linda, bonita, perfeita, a pedir um beijo pequeno e intenso, quente e demorado. A pedir que o mundo pare, que o tempo fique estático na impossibilidade de avançar, como se alguém que nos quer bem tivesse colocado uma pedra nas engrenagens que fazem o tempo mover-se. Vejo tão doces lábios e esqueço tudo ao meu redor, esqueço que vivo, que como, que durmo, que respiro, a única coisa que me aparece na mente és tu, musa do meu ser.
"deixas-me doida"
doida, louca num fervilhar de insanidade. quente, terna num mar de doçura. sentes-te fora de ti, queres tocar-te num mundo só teu, num mundo só nosso em que sabes que estou contigo. Pedes mais, que fique mais perto, da lua, do céu para poderes olhar o esplendor do teu mundo, ver toda a sua cor e no final quereres dizer sou tua meu amor.

Life is simple

life is simple, a vida é simples, la vita è bella, elämä on yksinkertaista. é fácil dizer que é, já vive-la dessa forma não é tarefa assim tão fácil. acredito que há pessoas que o façam, talvez num lugar distante de onde estou, pois todas as pessoas que me fizeram acreditar que assim era, que o molde da sua vida era tão simples e comum que podia ser feito por uma criança, também me mostraram que a vida não é simples. simultaneamente, por entre pensamentos contraditórios percebi que a vida só é simples se o nosso olhar perante ela também o for, não um olhar de desleixo, mas um olhar de quem consegue ver para além daquilo que o comum ser chamaria de problema. um olhar de quem consegue ler sem falar, sem ouvir uma palavra que seja, mostra o quanto a vida é simples quando se quer. quando não se quer há que continuar a tentar mostrar que a beleza de ser está na simplicidade.

Principezinho

se o teu mundo fosse como o do principezinho dir-te-ia para correres à sua volta, em passos incansáveis na procura da felicidade, na procura desse momento que é o pôr-do-sol. podias usar um girassol para o tentar encontrar, correr pelo mundo fora sem nunca te cansares, esquecerias a razão pois não iria funcionar, porque para correr atrás do sol na esperança de o encontrares, terias de sonhar com o mundo perfeito sem nunca acordares. mas se por alguma razão, no teu mundo as nuvens, num acto de puro egoísmo, decidissem esconder tal beleza, a solução seria simples, bastava por momentos parar, procurar o perfume que tanto gostas, que faz o teu olhar brilhar, aí terias as respostas que não paras de procurar, podias ver o que mais importa, saber que é de ti que deves gostar.

Saturday, November 20, 2010

Desisti

e depois de me fazer só teu.. depois de te encantar com palavras lindas, poemas de mundos utópicos.. desisti. não foi difícil descobrir que era loucura procurar palavras. podia correr, voar, sonhar, mas nem nos confins do universo iria encontrar, palavra de beleza suficiente para descrever o teu olhar. entreguei-te a mente sem pedir devolução, e na loucuras dos teus beijos deixei para sempre o meu coração.

Wednesday, November 17, 2010

Se esse beijo não fosse o último...

Se estivesses aqui beijava-te a noite toda. tocava-te nos cabelos até adormeceres enquanto te beijava levemente os lábios, segurava as tuas mãos, levava-as a passear à volta do meu corpo enquanto te dizia as coisas mais doces ao ouvido.. coisas que nunca ouviste mas que sempre foram tuas. abraça-me, beija-me, passa a noite em claro a dizer que desejas o meu sorriso junto do teu. queres que te beije como fiz, que te toque no pescoço, nos ombros. que te puxe para mim enquanto te beijo o pescoço e te deixo mais perto do perfume que te desperta os sentidos. desço para te beijar os ombros, toco-te nas costas em tom de arrepio. beijo-te o peito num misto de indecisão, queres que continue mas eu volto para te morder tão doces lábios. abraças-me e cravas os dedos nas costas como castigo pela indecisão.. obrigas-me a voltar para o teu peito, a mordiscar como faço com os lábios, mas mais doce, mais intimo, mais quente. toco-te levemente pelo corpo sentido os pontos que te deixam louca, enquanto passo os dedos pela tua boca que me beija como se fosse a última vez. queres que seja só teu, não deixei de ser em tempo algum. ficamos nus, puros como devíamos ser. beijas me uma e outra vez. fazes amor comigo, amor de quem esperou uma vida inteira por esse momento, pela espiral de sensações que nos aguarda minutos depois. gemes de prazer enquanto me abraças, enquanto me beijas. é isso que queres de mim, tudo o que te faz sentir especial. chegamos ao fim, foi só um sonho? consigo sentir os teus lábios, o teu corpo quente encostado ao meu. consigo sentir-te respirar calma e em paz. consigo dizer que gosto de ti e sei que vais ouvir.. consigo sentir saudades de tão longe que estás, não na distância mas no coração. agora acorda, sorri, dorme e sonha com quem amas.

Tuesday, November 16, 2010

Special one

hoje disseram que eu era especial, como em tantas outras vezes. é verdade, talvez seja, mas o certo é que a história repete-se uma e outra vez, dia após dia e são poucas as vezes que sinto que tenho esse valor. hoje, ironicamente senti isso pouco depois de dizerem, escrevi isso. encontrei inspiração onde não esperava encontrar e após alguns minutos escrevi o texto que li várias vezes acabando sempre com um sorriso. de poucas coisas me arrependo e esta não é uma delas, porque se eu sou especial, não estou sozinho com essa qualidade. o tempo dirá de sua justiça, tenho a certeza.

Sunday, November 07, 2010

Antes só que mal acompanhado

antes só que mal acompanhado. reza assim o ditado popular, mas até que ponto deverá ser seguido e respeitado? sair de casa sozinho para beber um café e manter uma leve e descontraída conversa com um pedaço de papel, onde dançam riscos pretos que aos milhares fazem algumas imagens surgir na nossa mente. enquanto isso na mesa do lado um grupo de pessoas de meia idade fala de algum programa de televisão rindo animadamente. pergunto que programa seria, se nos dias que correm, ou andam conforme se queira, não encontro muitos programas que sirvam para uma conversa interessante. noutra mesa um pouco mais longe um grupo de jovens fala das conquistas do dia anterior, interessante que, sendo raparigas falavam de conquistar raparigas. admiro a abertura que corre nas suas mentes, compreendo-a e respeito-a, pena que não apliquem os mesmos padrões a tudo o que importa para a nossa sociedade e só queiram seguir o caminho do divertimento. após terminar aquela conversa de pouco mais de uma hora, interrompida pelos risos histéricos ou pelas palavras socialmente pouco adequadas de ambas as mesas, voltei para o conforto do lar. gostei de ouvir o som da liberdade social, apesar de portugal ser mau em muitas coisas, continuo a gostar muito de cá viver. estive mal acompanhado pelas mesas ou pelo jornal, não, tive uma conversa interessante do meu ponto de vista ao mesmo tempo que tinha pessoas perto justificando o ser animal social. valia a pena ter alguém ao meu lado, talvez, mas isso fica para outro dia.

Thursday, November 04, 2010

Lucky strike

não são poucas as vezes que questiono a sorte das pessoas, nem poucas as vezes que penso de onde é que essa sorte provém. racional demais para poder crer em algo divino, é complicado justificar algo tão irracional e pouco palpável, no entanto, parece existir uma relação inversamente proporcional entre a felicidade e a sorte para algumas pessoas e directamente proporcional para outras. existem também aqueles que poucas ou raras vezes estão satisfeitos com o que a vida lhes dá, podem ter toda a sorte do mundo em quase todas as áreas, sem que nunca mostrem os dentes numa exaltação de bom humor. do outro lado existe a versão tudo de mal me acontece mas consigo fechar os olhos antes de dormir a acreditar que amanhã será um dia melhor. é triste mas é verdade... dá deus, caso ele exista, nozes a quem não tem dentes.

Monday, November 01, 2010

Mão beijada

quando menos esperamos alguém entrega uma vida de mão beijada. o que fazer com ela? ensinar o melhor que se sabe? abandona-la? ensinar o que se aprendeu seja bom, seja mau?
no mundo que vivemos todas as pessoas são más, a única regra sem excepção que conheço. felizmente no meio de todas essas pessoas existem algumas que são menos más. talvez começar por ensinar como elas são seja uma boa ideia. a verdade às vezes dói, mas é também com ela que aprendemos a ser pessoas melhores, sabendo a pior das coisas saberemos dar o devido valor à melhor. é bom ter discernimento para saber e vontade para querer saber.

Sunday, October 31, 2010

They'll never go away

quando a conversa começou eu não pensei que este tipo de pessoas ainda existisse, pelo menos no nosso pequeno lugar junto ao atlântico. consta que na mente de alguns seres pouco humanos, ainda existe uma sociedade hierarquizada onde o dr. pode ir ao mesmo bar que o eng., mas a esse lugar o pedreiro já não pode ir porque pertence ao estrato inferior. e falo de bar para não referir serviços mais humanamente necessários porque esses também dançaram no meio do jogo de palavras. é triste ouvir frases como "eu gostava que estivesse ali um preto a lavar o chão".
como sou boa pessoa não te desejo mal nenhum, mas também não te digo que essas idas ao solário estão a deixar a tua pele numa lástima. esses papos e essas rugas debaixo dos olhos são prova disso, and guess what? they'll never go away.

Friday, October 29, 2010

Chuva

depois de muitos dias a ameaçar parece que a chuva fez a sua visita. apesar de por esta altura ser normal ver as gotas em genero de rafting pelas nossas janelas, eu ainda estava com esperança que as nuvens guardassem todas as gotas pelo menos mais dois dias... ou três. parece que vou ter de ouvir musicas de verão e esperar que maio chegue depressa, porque em abril águas mil. época de cinema em casa chegou ao quotidiano..

Thursday, October 28, 2010

Burro Azul

hoje passei no café, durante os meus 15 minutos de almoço, para ouvir mais uma das conversas de crise. em apenas trinta segundos de pura ignorância, o energúmeno senhor conseguiu uma mistura política que só lembrou a salada russa que a minha avó fez para o almoço. em muitas ocasiões tive a felicidade de comer uma boa salada russa, mas esta não foi uma delas. das vezes que tentei explicar ao senhor que o boi é castanho, todas elas sem sucesso, ele continuou a afirmar que era azul. alguém já viu exemplares azuis?
tem piada olhar para as notícias e ver que querem voto aos 16 anos. sinceramente, acho que um exame psicológico aliado a um bom teste sobre doutrina política seria também adequado a todo e qualquer cidadão que tivesse direito de voto, talvez gerasse mais consciência, conjugada com a típica inveja portuguesa do "aí se ele vota eu voto também nem que me mate a estudar". e proibir o voto aos reformados, também tinha a sua graça... o apelo ao voto consciente que muitos clamam.
talvez eu seja burro e não perceba o porquê destes pensamentos, o invocar de filosofias para transforma-las em caminhos de um só sentido, quando se pretende um sem fim de ideias e valores quando se fala na arte de pensar.
nem tudo na vida tem lógica, mas pelo menos já sei porque é que o paleolítico superior vem depois e a baixa idade média também apesar de superior e baixa serem antónimos. fui feliz nesse dia.