Thursday, September 22, 2011

the beginning...

the end... adeus...
eram essas as palavras que faltavam, que esperava ouvir mas não queria, não quero. porque a vida passa a correr e ainda há pouco disseste, eles ficam sempre sem reconhecimento. mas eu reconheço, eu noto, eu sinto que me fazes falta. que neste momento, que hoje, que agora devias estar aqui ao meu lado. sim, egoista que sou por exigir a tua presença. e pensar que por duas insignificantes tiras pretas, por dois pedaços de pele que fazem mover o peso que os meus ombros não suportam, perdi no ar o beijo que tinhas para me dar. sim, eu sei que era só um beijo... mas eu quero.

deixas-me a pensar. detesto o frio e o tempo. não o tempo que traz a chuva, mas aquele tempo que não anda, que não passa mais depressa quando eu quero. mas que corre desenfreadamente quando eu queria que parasse e foge de nós como o diabo da cruz.

apetece-me correr para ti, pegar-te na mão e não mais te deixar partir. apostar tudo como quem nada tem a perder, mesmo sabendo que não devo sorte ao jogo nem ao amor. se depois de tudo isso a minha sina for perder, terei de voltar à casa de partida.
the beginning... olá...

Sunday, September 18, 2011

black and white

A essência de ser divide-se essencialmente em duas partes, separadas e intocáveis, partidas por um espelho que apenas as deixa ver a si próprias.
uma acredita no rosa desses contos de crianças, em palavras de outra pessoa, como o calor de dois corpos enrolados, um beijo antes do final do filme ou esse jogo de pés com pés em lençóis do teu leito. uma acredita no inconcebível, no que sabe impossível, mas continua, segue cegamente em frente na procura desse sonho de ser grande. mergulha no vazio e vence nesse misto de coragem e loucura.

ambas vivem na solidão de não poder viver em simultâneo e talvez seja isso que as mantém vivas.

a outra vive em cantos só seus, vagueia só por essas ruas pintadas de mensagens que poucos percebem. o velho estigma da definição de arte, preso a preconceitos e regras que apenas me lembram o mundo que não devia existir. esse lado mais negro que acredita que a partilha não existe, que os lugares são só seus, de quem descobre e vê a beleza que mais ninguém vê.

no fundo, é bom que ambos os lados existam. é difícil que possam coabitar, mas um dia talvez o façam. nesse dia vamos viver a vida a preto e branco.

Friday, September 02, 2011

Janela

passei a semana sem dizer nada, nada que tu ouvisses, nada que motivasse uma resposta, um sinal de que a saudade existe. há dias sai de ti. apetece-me agora perguntar a esses olhos verdes se devia ter ficado mais um pouco. o que são esses sorrisos? o que escondes? ou não escondes nada... nesse misterioso dom que eu quero provar. nesse vício que me pegaste, nesse vício de ti. mas passei a semana sem fazer nada, nada que tu sentisses, nada que motivasse um toque teu, em mim. quero aquele beijo que ficou por dar, aquele que disse que iria roubar quando estávamos a despir ideias um do outro. e tu? o que pensaste? o que pensas agora que não fiz nada para te lembrar que existo, despido de preconceitos, entregue a devaneios que me levam até ti. gostava de te ver agora à janela, roubar-te um abraço, apenas para te lembrar que pensei em ti esta a semana, para que me ouvisses, para que sentisses, para que soubesses que a saudade existe.