Tuesday, May 24, 2011

Bruma

por vezes vejo pedaços que não conheço
ocultos nessa bruma densa,
negra que me cega
vejo que estão longe do que és
mas tão perto que são inegavelmente teus
perdido em comparações de ser que sempre pensa
pensamento para monólogo de quem não prega
sabedoria que deixa o mundo a meus pés
guardando apenas e só momentos meus

egoísmo puro e duro
suportado pela intolerância de gostar
de pensar sequer em dar um pouco de si
escondo-me nesse canto tão escuro
que me impede de te ver de te olhar
de dizer as palavras gosto de ti.

e nesta confusão que baralha qualquer mente
esqueço as palavras que ficam por dizer
fico mudo sem sentir que sou gente
ignoro todo e qualquer sinal que queiras mostrar
porque ao meu lado tantas vezes te quero ter
mesmo que seja apenas para te ouvir falar

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