Tuesday, May 10, 2011

Manto branco

morde-me como ontem fizeste nesse imenso manto branco que foi nosso leito de pecado. um beijo decotado junto ao peito devorado por caricias arrepiantes. qual animal de duas costas, gente amarrada sem pudor de dar prazer, de roubar tudo por ter direito, de nada dar por ter dever. não negues o dom de possuir, ser de duas faces transmutado do dia para noite, fria, negra, nesse manto branco onde o calor de dois corpos se confunde com algo que chamamos de amor.

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