dizem que é louca a cor amarela
de quem não sabe o que faz ou o que quer ter
cor que muitas vezes preenche a tela
que retrata os traços do meu ser
vezes essas que perco conta
como as noites que passo sem dormir
entregue a palavras presas numa ponta
desse lápis acabado de partir
laminas de grafite que cortam a pele
sujando o branco desse falso livro
cravando fundo letras no papel
como diamante num pedaço de vidro
o parecer simples da fragilidade
o simples passar com pele em veludo
as palavras presas na simplicidade
de uma história gritada em tons de mudo
sem qualquer ruído e uma só cor
o cinzento ocupa todo o espaço pedido
pergunto o porquê de não ter valor
deste poema não fazer qualquer sentido
e embora o céu brilhe em tom azulado
o dia ainda permanece cinzento
queria que o sol parecesse cansado
e que a lua aparecesse neste momento
para a ver mostrar essa luz tão bela
roubada a quem todo o dia brilhou
tantas vezes de cor amarela
cor com que esta história começou
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