Sunday, May 13, 2012
Imagination
Por vezes existe a sensação que nenhuma companhia é boa, porque em tempos foi boa de mais ou porque no entretanto de um piscar de olhos essa companhia se tornou a pior que podíamos ter. Um livro é sempre uma boa companhia, porque fala connosco e porque deixa saudades quando termina, porque o guardamos num canto e sabemos que ele lá estará sempre que precisarmos de companhia. Está preso a nós eternamente até que as suas folhas se apaguem calando a sua voz de uma vez por todas. Este ano custou a passar, os acontecimentos parecem infinitos e não param. Lembram o tempo, que no seu tic tac continua a contar segundos e minutos, sem pressa de concluir a sua interminável jornada para o fim da existência.
As companhias que aparecem não são boas. Podiam ser, se o patamar não estivesse agora tão alto, num lugar onde tão poucas pessoas conseguem chegar. Por mais egoísta que possa parecer, é essa a verdade. Não existe um pouco de interesse na futilidade de conversas que já cansam, que não dão origem a sinapses, a impulsos que correm desenfreadamente por esses pedaços de gente que ninguém sabe bem explicar, misturando pensamentos, ideias, desejos e sonhos. Por mais que o homem estude o cerebro, não consegue encontrar o seu segredo. Não consegue entender como a imaginação é formada, como essa mistura de ideias consegue fazer algo novo, algo antigo, algo que fez ou fará a obra nascer.
A imaginação fascina-me, hoje e sempre.
Imagem daqui
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