Tuesday, January 08, 2013

Moro aqui

Às vezes quando escrevo para ti não oiço mais do que gritos mudos, não oiço mais do que um silêncio avassalador de quem quer contar a história de um mundo em que poucos acreditam, em que é preciso tirar a roupa de adulto e vestir-se com a imaginação de uma criança. És alguém que levaria comigo de braço dado até onde o destino me quisesse levar. Essa pessoa dona de sorrisos e silêncios, cheia de boa disposição e mau feitio, de mãos frias e coração quente. Tantas contrariedades numa vida como tantas vezes ouvi o teu coração gritar como a tua voz. E as saudades de o ouvir, sempre igual, sempre a dizer na sua língua e à sua maneira, tu moras aqui. Tu moras aqui desde o dia em que roubaste o meu sorriso, desde o dia em que me deste a mão e me aqueceste o coração. Tu vais ficar aqui hoje e amanhã, porque me fizeste bem, e eu não me esqueço dos sorrisos com que secaste cada lagrima que fugiu de mim.

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