Monday, July 11, 2011

Quatro tempos

porquê tanto desespero, porque me deixo envolver nesse imenso desejo de ter a tua resposta, meras palavras escritas como forma de atenção. não te conheço, não sei quem és, mas quero tanto, tanto saber. talvez desespero não seja a palavra, quimera, aquela palavra que melhor traduz esta imensidão de sentimentos que não sei explicar, que não sei contar ou dizer em palavras, que mesmo escrevendo e por mais longo que seja o texto, por mais folhas brancas que rasgue, porque o papel não sente como eu, porque em mil palavras não consigo mostrar a imagem, porque são sentimentos e não se vêem...
sentem-se...
escutam-se...
porquê?
porque escuto o sopro de um coração que não é meu...
fechado a sete chaves quando nem uma só eu tenho, colorido por sete cores em tom de arco íris, a ti pergunto se partilhas cores comigo, se comigo queres pintar um céu azul da cor do mar, um sol amarelo? não espera, em tom alaranjado nesse adormecer de fim de tarde. deixa-te levar, cai, deita-te a meu lado nessa terra pintada de verde, violeta ou indigo de flores da primavera, ou se te perdes neste verão de calor que deixa a tua face rosada, sem mascaras ou véus que escondam o teu sorriso. deixo apenas duas estações das quatro que vamos tendo, desses quatro tempos é este o que mais gosto e pergunto-te a ti por inata curiosidade, dessa história de quatro contos qual te traz mais felicidade?

1 comment:

Catarina said...

Mais umas "palavras escritas como forma de atenção"...

De facto, desespero não é a palavra, porque o desespero implica sempre um sentimento triste e esta "espera" não o é. Também não consigo dizer, com toda a certeza, qual a melhor palavra para definir este estado. Só sei que é um estado de cores ;)

Quanto aos quatro contos, o que mais me trouxe felicidade foi o primeiro ;) hei-de explicar melhor ;)