Monday, June 20, 2011

Barco de papel

essa dúvida existencial que te persegue, que de existência pouco tem como também pouco se move, por estar cravada no teu ser e daí a companhia, desse mal que estraga o mais doce pensar. e se vês em mim traços que já viste em outrem, se pensas que devo ficar na hora de partir, se todos os minutos são poucos mesmo que a conversa já não importe, mas importa, e são tão poucos. e se te vejo ao longe, depois desse mar que tantas vezes percorro, em barcos de papel que me deste a fazer, na vontade de crer que somos nós que importamos, ainda que me importe tanto contigo sem querer. não procuro em ti aquilo que não és, mas noto que escondes, que guardas o melhor de ti... para ti. sim, somos nós que importamos. não vejo faces que não tens, apenas uma e a mesma de sempre. tantas vezes fico sem pensar só de pensar em ti, num eterno monólogo de ideias que me deixa sem palavras, sem reacção. só queria ter esse dom, esse impulso de roubar a rapidez com que entras na minha vida, para te abraçar sem fuga possível, quando a passos largos vais embora, quando quero que fiques mais um pouco ou me leves contigo para o teu mundo. o barco que uso para chegar ti está guardado, para que sempre possa lembrar-me da tua imagem, sem dúvidas ou questões, imagem repleta de desejo, feliz pela lembrança...
de ti.

2 comments:

Damra said...

muitas vezes surge a pergunta, conforme o que escreves, quem será a sortuda? escreves palavras cheias de sentimento, de algo que muita gente procura mas não tem, ou não encontra, mas já cheguei à conclusão que algumas vezes por cobardia..
em relação ao que escreves, mais uma vez, palavras para quê?
pergunto-me...

True smile said...

não se trata de cobardia, muito menos de escrever para alguém, simplesmente há coisas que não se publicitam e para bom entendedor meia palavra basta.